Ésquilo

Ésquilo (,; Grego: Αἰσχύλος Aiskhýlos; c. 525/524 – c. 456/455 aC) foi um antigo trágico grego, e é frequentemente descrito como o pai da tragédia. O conhecimento acadêmico do gênero começa com seu trabalho, e a compreensão da tragédia grega anterior é amplamente baseada em inferências feitas a partir da leitura de suas peças sobreviventes. Segundo Aristóteles, ele ampliou o número de personagens no teatro e permitiu o conflito entre eles. Antigamente, os personagens interagiam apenas com o coro.

Apenas sete de suas estimadas setenta a noventa peças sobreviveram. Há um longo debate sobre a autoria de um deles, Prometheus Bound, com alguns estudiosos argumentando que pode ser obra de seu filho Euphorion. Fragmentos de outras peças sobreviveram em citações, e mais continuam a ser descobertos em papiros egípcios. Esses fragmentos geralmente fornecem mais informações sobre a história de Ésquilo. trabalhar. Ele foi provavelmente o primeiro dramaturgo a apresentar peças como uma trilogia. Sua Oresteia é o único exemplo antigo existente. Pelo menos uma de suas peças foi influenciada pela tradição dos persas. segunda invasão da Grécia (480-479 aC). Esta obra, Os Persas, é uma das poucas tragédias gregas clássicas relacionadas com eventos contemporâneos, e a única existente. A importância da guerra com a Pérsia foi tão grande para Ésquilo e para os gregos que seu epitáfio comemora sua participação na vitória grega em Maratona, sem mencionar seu sucesso como dramaturgo.

Vida

Santuário de Demeter e Kore de Eleusis, cidade natal de Aeschylus

Ésquilo nasceu em c. 525 aC em Elêusis, uma pequena cidade a cerca de 27 km a noroeste de Atenas, nos vales férteis da Ática ocidental. Alguns estudiosos argumentam que sua data de nascimento pode ser baseada na contagem regressiva de quarenta anos desde sua primeira vitória na Grande Dionísia. Sua família era rica e bem estabelecida. Dizia-se que seu pai, Euphorion, era membro dos Eupátridas, a antiga nobreza da Ática, mas isso pode ser uma ficção inventada pelos antigos para explicar a grandeza da vida de Ésquilo. tocam.

Quando jovem, Ésquilo trabalhou em um vinhedo até que, de acordo com Pausânias, geógrafo do século II d.C., o deus Dionísio o visitou durante o sono e ordenou que ele voltasse sua atenção para a nascente arte da tragédia. Assim que acordou, começou a escrever uma tragédia, e sua primeira apresentação ocorreu em 499 aC, quando ele tinha 26 anos. Ele conquistou sua primeira vitória na cidade de Dionísia em 484 aC.

Em 510 aC, quando Ésquilo tinha 15 anos, Cleómenes I expulsou os filhos de Peisístrato de Atenas e Clístenes assumiu o poder. Clístenes' as reformas incluíam um sistema de registro que enfatizava a importância do deme sobre a tradição familiar. Na última década do século VI, Ésquilo e sua família viviam no demo de Elêusis.

As Guerras Persas desempenharam um grande papel na história de Ésquilo. vida e carreira. Em 490 aC, ele e seu irmão Cynegeirus lutaram para defender Atenas contra o exército invasor de Dario I da Pérsia na Batalha de Maratona. Os atenienses saíram triunfantes e a vitória foi celebrada nas cidades-estado da Grécia. Cynegeirus foi morto enquanto tentava impedir que um navio persa recuasse da costa, pelo que seus compatriotas o exaltaram como um herói.

Em 480 aC, Ésquilo foi chamado ao serviço militar novamente, junto com seu irmão mais novo Ameinias, contra as forças invasoras de Xerxes I na Batalha de Salamina. Ésquilo também lutou na Batalha de Plataea em 479 aC. Íon de Chios foi uma testemunha da morte de Ésquilo. registro de guerra e sua contribuição em Salamina. Salamina ocupa um lugar de destaque em Os persas, sua peça mais antiga sobrevivente, que foi encenada em 472 aC e ganhou o primeiro prêmio em Dionísia.

Ésquilo foi um dos muitos gregos que foram iniciados nos Mistérios de Elêusis, um antigo culto de Deméter baseado em sua cidade natal de Elêusis. Segundo Aristóteles, Ésquilo foi acusado de asebeia (impiedade) por revelar alguns dos segredos do culto no palco.

Outras fontes afirmam que uma multidão enfurecida tentou matar Ésquilo no local, mas ele fugiu do local. Heracleides do Ponto afirma que o público tentou apedrejar Ésquilo. Ésquilo refugiou-se no altar da orquestra do Teatro de Dionísio. Ele alegou ignorância em seu julgamento. Ele foi absolvido, com o júri solidário ao serviço militar dele e de seus irmãos durante as Guerras Persas. De acordo com o autor do século II dC, Aelian, Ésquilo' o irmão mais novo Ameinias ajudou a absolver Ésquilo mostrando ao júri o toco da mão que havia perdido em Salamina, onde foi eleito o guerreiro mais valente. A verdade é que o prêmio de bravura em Salamina não foi para Ésquilo; irmão, mas para Ameinias de Palene.

Ésquilo viajou para a Sicília uma ou duas vezes na década de 470 aC, tendo sido convidado por Hiero I, tirano de Siracusa, uma importante cidade grega no lado leste da ilha. Ele produziu The Women of Aetna durante uma dessas viagens (em homenagem à cidade fundada por Hieron) e reencenou seus Persians. Em 473 aC, após a morte de Frínico, um de seus principais rivais, Ésquilo era o favorito anual na Dionísia, ganhando o primeiro prêmio em quase todas as competições. Em 472 aC, Ésquilo encenou a produção que incluía os persas, com Péricles servindo como coregos.

Vida pessoal

Ésquilo casou-se e teve dois filhos, Euphorion e Euaeon, que se tornaram poetas trágicos. Euphorion ganhou o primeiro prêmio em 431 aC em uma competição contra Sófocles e Eurípides. Um sobrinho de Ésquilo, Philocles (filho de sua irmã), também foi um poeta trágico, e ganhou o primeiro prêmio na competição contra o poeta de Sófocles. Édipo Rex. Ésquilo tinha pelo menos dois irmãos, Cynegeirus e Ameinias.

Morte

A morte de Esquilo ilustrada no século XV Florentine Picture Chronicle por Maso Finiguerra

Em 458 aC, Ésquilo voltou à Sicília pela última vez, visitando a cidade de Gela, onde morreu em 456 ou 455 aC. Valerius Maximus escreveu que foi morto fora da cidade por uma tartaruga derrubada por uma águia que confundiu sua cabeça com uma rocha adequada para quebrar a carapaça e o matou. Plínio, em seu Naturalis Historiæ, acrescenta que Ésquilo tinha ficado ao ar livre para evitar uma profecia de que seria morto por um objeto em queda, mas esta história pode ser lendária e devido a um mal-entendido da iconografia em Tumba de Ésquilo. Ésquilo' O trabalho era tão respeitado pelos atenienses que, após sua morte, suas tragédias foram as únicas autorizadas a serem reencenadas em competições subsequentes. Seus filhos Euphorion e Euæon e seu sobrinho Philocles também se tornaram dramaturgos.

A inscrição em Ésquilo' lápide não faz menção de sua fama teatral, comemorando apenas suas conquistas militares:

Ασσχύλος Ευρίωνος θηναρίος τόδε κερθειιι ι ι ι ι ι ι ι ι ι ι ι ι ι ι ι ι ι ι ι ι ι ι ι ι ι ι ι ι ι ι ι ι ι ι ι ι ι ι ι ι ι ι ι ι ι ι ι ι ι ι ι ι ι ι ι ι ι ι ι ι ι ι ι ι ι ι ι ι ι ι ι ι ι ι ι ι ι ι ι ι ι ι ι ι ι ι ι ι ι ι ι ι ι ι ι ι ι ι ι ι ι ι ι ι ι ι ι
μνμμα καταφθίμενος πυρος ροροιοιοιοιοιοιοιοιοιοιοιοιοιοιοιοιοιοιοιοι ι ι ι ι ι ι ι ι ι ι ι ι ι ι ι ι ι ι ι ι ι ι ι ι ι ι ι ι ι ι ι ι ι ι ι ι ι ι ι ι ι ι ι ι ι ι ι ι ι ι ι ι ι ι ι ι ι ι ι ι ι ι ι ι ι ι ι ι ι ι ι ι ι ι ι ι ι ι ι ι ι ι ι ι ι ι ι ι ι ι ι ι ι Legislação
αλκκν δ' εδυρικιμοι ι ι ι ι ι ι ι ι ι ι ι ι ι ι ι ι ι ι ι ι ι ι ι ι ι ι ι ι ι ι ι ι ι ι ι ι ι ι ι ι ι ι ι ι ι ι ι ι ι ι ι ι ι ι ι ι ι ι ι ι ι ι ι ι ι ι ι ι ι ι ι ι ι ι ι ι ι ι ι ι ι ι ι ι ι ι ι ι ι ι ι ι ι ι ι ι ι ι ι ι ι ι ι ι ι ι ι ι ι ι ι ι ι ι ι ι ι ι Legislação nacional
καὶ βαθυ χαιτειιιιι ι ι ι ι ι ι ι ι ι ι ι ι ι ι ι ι ι ι ι ι ι ι ι ι ι ι ι ι ι ι ι ι ι ι ι ι ι ι ι ι ι ι ι ι ι ι ι ι ι ι ι ι ι ι ι ι ι ι ι ι ι ι ι ι ι ι ι ι ι ι ι ι ι ι ι ι ι ι ι ι ι ι ι ι ι ι ι ι ι ι ι ι ι ι ι ι ι ι ι ι ι ι ι ι ι ι ι ι ι ι ι ι ι ι ι ι ι ι Μςδος ππιστάμενος

Sob esta pedra encontra-se Aeschylus, filho de Euforion, o ateniense,
que pereceu na terra de trigo de Gela;
de sua nobre proeza o bosque de Maratona pode falar,
e o persa de cabelos longos sabe bem.

—Anthologiae Graecae Apêndice, vol. 3, Epigramma sepulcrale17.

Segundo Castoriadis, a inscrição em seu túmulo significa a importância primordial de "pertencer à cidade" (polis), da solidariedade existente no corpo coletivo dos cidadãos-soldados.

Funciona

Imagem moderna do Teatro de Dionísio em Atenas, onde muitas das peças de Aeschylus foram realizadas

Tragoediae septem (1552)

As sementes do drama grego foram semeadas em festivais religiosos para os deuses, principalmente Dionísio, o deus do vinho. Durante Ésquilo' ao longo da vida, as competições dramáticas passaram a fazer parte da Cidade Dionísia, realizada na primavera. O festival abriu com uma procissão que foi seguida por uma competição de meninos cantando ditirambos, e tudo culminou em um par de competições dramáticas. A primeira competição da qual Ésquilo teria participado envolveu três dramaturgos, cada um apresentando três tragédias e uma peça de sátiro. Tal formato é chamado de tetralogia trágica contínua. Permitiu a Ésquilo explorar as dimensões humana, teológica e cósmica de uma sequência mítica, desenvolvendo-a em fases sucessivas. Seguiu-se uma segunda competição envolvendo cinco dramaturgos cômicos, e os vencedores de ambas as competições foram escolhidos por um painel de juízes.

Ésquilo participou de muitas dessas competições, e várias fontes antigas atribuem entre setenta e noventa jogadas a ele. Apenas sete tragédias atribuídas a ele sobreviveram intactas: Os persas, Sete contra Tebas, Os suplicantes, a trilogia conhecida como A Oresteia (as três tragédias Agamemnon, Os portadores da libação e As Eumênides) e Prometheus Bound (cuja autoria é contestada). Com exceção desta última peça - cujo sucesso é incerto - sabe-se que todas as tragédias existentes de Ésquilo ganharam o primeiro prêmio na Cidade Dionísia.

O alexandrino Vida de Ésquilo afirma que ganhou o primeiro prêmio na Cidade Dionísia treze vezes. Isso se compara favoravelmente com o pensamento de Sófocles. relatou dezoito vitórias (com um catálogo substancialmente maior, cerca de 120 peças) e supera as cinco vitórias de Eurípides, que se acredita ter escrito cerca de 90 peças.

Trilogias

Uma marca registrada da dramaturgia esquiliana parece ter sido sua tendência de escrever trilogias conectadas nas quais cada peça serve como um capítulo em uma narrativa dramática contínua. A Oresteia é o único exemplo existente desse tipo de trilogia conectada, mas há evidências de que Ésquilo costumava escrever essas trilogias. As peças satíricas que se seguiram às suas trilogias trágicas também se inspiraram no mito.

A peça satírica Proteu, que se seguiu à Oresteia, tratou da história de Menelau; desvio no Egito a caminho de casa após a Guerra de Tróia. Supõe-se, com base na evidência fornecida por um catálogo de títulos de peças de Esquilo, escólios e fragmentos de peças gravados por autores posteriores, que outras três peças existentes dele eram componentes de trilogias conectadas: Sete contra Tebas foi a peça final de uma trilogia de Édipo, e The Suppliants e Prometheus Bound foram cada uma a primeira peça de uma trilogia Danaid e trilogia Prometheus, respectivamente. Os estudiosos também sugeriram várias trilogias completamente perdidas, baseadas em títulos de peças conhecidas. Vários desses mitos tratados sobre a Guerra de Tróia. Um, chamado coletivamente de Aquileis, compreendia Mirmidões, Nereidas e Frígios (alternadamente, O Resgate de Heitor).

Outra trilogia aparentemente recontou a entrada do aliado troiano Memnon na guerra e sua morte nas mãos de Aquiles (Memnon e A Pesagem das Almas sendo dois componentes da trilogia). The Award of the Arms, The Phrygian Women e The Salaminian Women sugerem uma trilogia sobre a loucura e o subsequente suicídio do herói grego Ajax. Ésquilo parece ter escrito sobre a vida de Odisseu. retornar a Ithaca após a guerra (incluindo o assassinato dos pretendentes de sua esposa Penelope e suas consequências) em uma trilogia composta por The Soul-raisers, Penelope e Os coletores de ossos. Outras trilogias sugeridas abordavam o mito de Jasão e os Argonautas (Argô, Mulheres Lemnianas, Hypsipylê), a vida de Perseu ( Os Net-draggers, Polydektês, Phorkides), o nascimento e as façanhas de Dionísio (Semele, Bacantes i>, Pentheus), e as consequências da guerra retratadas em Sete contra Tebas (Eleusinians, Argives (ou Mulheres Argivas), Filhos dos Sete).

Sobrevivência

Os persas (472 aC)

O Fantasma de Darius Aparecendo a Atossa, desenho de George Romney.

Os Persas (Persai) é o mais antigo dos livros de Ésquilo. jogadas existentes. Foi realizada em 472 aC. Foi baseado em Ésquilo'; próprias experiências, especificamente a Batalha de Salamina. É único entre as tragédias gregas sobreviventes, pois descreve um evento histórico recente. Os persas enfoca o popular tema grego da arrogância e culpa o orgulho de seu rei pela perda da Pérsia.

Abre com a chegada de um mensageiro a Susa, a capital persa, trazendo notícias da catastrófica derrota persa em Salamina, a Atossa, mãe do rei persa Xerxes. Atossa desloca-se então ao túmulo de Dario, seu marido, onde aparece o seu fantasma, para lhe explicar a causa da derrota. É, diz ele, o resultado do desejo de Xerxes. arrogância em construir uma ponte sobre o Helesponto, uma ação que enfureceu os deuses. Xerxes aparece no final da peça, sem perceber a causa da sua derrota, e a peça encerra com as lamentações de Xerxes e do coro.

Sete contra Tebas (467 aC)

Sete contra Tebas (Hepta epi Thebas) foi realizado em 467 AC. Tem o tema contrastante da interferência dos deuses nos assuntos humanos. Outro tema, com o qual Ésquilo' envolver-se continuamente, faz sua primeira aparição conhecida nesta peça, ou seja, que a polis foi um desenvolvimento fundamental da civilização humana.

A peça conta a história de Etéocles e Polinices, filhos do envergonhado rei de Tebas, Édipo. Eteocles e Polynices concordam em compartilhar e alternar o trono da cidade. Após o primeiro ano, Eteocles se recusa a renunciar. Polinices, portanto, empreende a guerra. A dupla se mata em um único combate, e o final original da peça consistia em lamentações pelos irmãos mortos. Mas um novo final foi adicionado à peça cerca de cinquenta anos depois: Antígona e Ismena choram seus irmãos mortos, um mensageiro entra anunciando um edito proibindo o enterro de Polinices e Antígona declara sua intenção de desafiar esse edito. A peça foi a terceira de uma trilogia de Édipo conectada. As duas primeiras peças foram Laio e Édipo. A peça satírica final foi A Esfinge.

Os suplicantes (463 aC)

Miniatura de Robinet Testard mostrando os Danaids assassinando seus maridos

Ésquilo continuou sua ênfase na polis com Os Suplicantes (Hiketides) em 463 aC. A peça homenageia as correntes democráticas que percorriam Atenas e precederam o estabelecimento de um governo democrático em 461. As Danaides (50 filhas de Danaus, fundador de Argos) fogem de um casamento forçado com seus primos no Egito. Eles se voltam para o rei Pelasgo de Argos em busca de proteção, mas Pelasgo se recusa até que o povo de Argos pondere sobre a decisão (um movimento claramente democrático por parte do rei). O povo decide que os Danaids merecem proteção e são permitidos dentro dos muros de Argos, apesar dos protestos egípcios.

Uma trilogia Danaid há muito foi assumida por causa do final de suspense de Os Suplicantes. Isso foi confirmado pela publicação de 1952 do Oxyrhynchus Papyrus 2256 fr. 3. As peças constituintes são geralmente aceitas como Os Suplicantes e Os Egípcios e As Danaides. Uma reconstrução plausível dos últimos dois terços da trilogia é assim: Em Os Egípcios, a guerra Argivo-Egípcia ameaçada na primeira peça aconteceu. O rei Pelasgus foi morto durante a guerra, e Danaus governa Argos. Danaus negocia um acordo com Aegyptus, uma condição que exige que suas 50 filhas se casem com os 50 filhos de Aegyptus. Danaus secretamente informa suas filhas sobre um oráculo que prevê que um de seus genros o mataria. Ele ordena que as Danaides matem seus maridos na noite de núpcias. Suas filhas concordam. As Danaids abririam no dia seguinte ao casamento.

É revelado que 49 das 50 Danaids mataram seus maridos. Hypermnestra não matou seu marido, Lynceus, e o ajudou a escapar. Danaus fica furioso com a desobediência de sua filha e ordena sua prisão e possivelmente execução. No clímax e desfecho da trilogia, Lynceus se revela a Danaus e o mata, cumprindo assim o oráculo. Ele e Hypermnestra estabelecerão uma dinastia reinante em Argos. As outras 49 Danaids são absolvidas de seus assassinatos e casadas com homens argivos não especificados. A peça satírica que se seguiu a esta trilogia foi intitulada Amymone, em homenagem a uma das Danaides.

A Oresteia (458 aC)

Além de algumas linhas faltantes, a Oresteia de 458 aC é a única trilogia completa de peças gregas de qualquer dramaturgo ainda existente (de Proteu, a peça satírica que se seguiu, apenas fragmentos são conhecidos). Agamemnon e Os Portadores da Libação (Choephoroi) e As Eumênides contam juntos a violenta história da família de Agamenon, rei de Argos.

Agamêmnon

O assassinato de Agamemnon por Pierre-Narcisse Guérin (1817)

Ésquilo começa na Grécia, descrevendo o retorno do rei Agamenon de sua vitória na Guerra de Tróia, da perspectiva dos habitantes da cidade (o Coro) e de sua esposa, Clitemnestra. Prenúncios sombrios aumentam para a morte do rei nas mãos de sua esposa, que estava com raiva porque sua filha Ifigênia foi morta para que os deuses restaurassem os ventos e permitissem que a frota grega navegasse para Tróia. Clitemnestra também estava infeliz porque Agamenon manteve a profetisa troiana Cassandra como sua concubina. Cassandra prediz o assassinato de Agamenon e de si mesma para os habitantes da cidade reunidos, que ficam horrorizados. Ela então entra no palácio sabendo que não pode evitar seu destino. O final da peça inclui uma previsão do retorno de Orestes, filho de Agamenon, que buscará vingar seu pai.

Os portadores de libação

The Libation Bearers começa com Orestes' chegada ao túmulo de Agamenon, do exílio na Fócida. Electra encontra Orestes lá. Eles planejam vingança contra Clitemnestra e seu amante, Egisto. O relato de Clitemnestra sobre um pesadelo em que ela dá à luz uma cobra é contado pelo coro. Isso a leva a ordenar que sua filha, Electra, derrame libações no túmulo de Agamenon (com a ajuda de portadores de libações) na esperança de fazer as pazes. Orestes entra no palácio fingindo dar a notícia de sua própria morte. Clitemnestra chama Egisto para saber da notícia. Orestes mata os dois. Orestes é então assediado pelas Fúrias, que vingam os assassinatos de parentes na mitologia grega.

As Eumênides

A terceira peça aborda a questão da identidade de Orestes. culpa. As Fúrias expulsam Orestes de Argos para o deserto. Ele se dirige ao templo de Apolo e implora a Apolo que afaste as Fúrias. Apolo encorajou Orestes a matar Clitemnestra, então ele carrega parte da culpa pelo assassinato. Apolo envia Orestes ao templo de Atena com Hermes como guia.

As Fúrias o localizam e Atena intervém e declara que um julgamento é necessário. Apolo argumenta que Orestes' caso, e depois que os juízes (incluindo Atena) empataram, Atena anuncia que Orestes foi absolvido. Ela renomeia as Fúrias como As Eumênides (As Bem-humoradas ou Gentilmente) e exalta a importância da razão no desenvolvimento das leis. Como em Os Suplicantes, os ideais de uma Atenas democrática são elogiados.

Prometheus Bound (data em disputa)

Prometheus sendo encadeado por Vulcan por Dirck van Baburen (1623)

Prometheus Bound é atribuído a Ésquilo por autoridades antigas. Desde o final do século 19, no entanto, os estudiosos têm duvidado cada vez mais dessa atribuição, principalmente por motivos estilísticos. Sua data de produção também está em disputa, com teorias que vão desde a década de 480 aC até a década de 410.

A peça consiste principalmente em diálogos estáticos. O Titã Prometeu está preso a uma rocha, que é sua punição do Zeus Olímpico por fornecer fogo aos humanos. O deus Hefesto e o Titã Oceanus e o coro de Oceânidas expressam simpatia pela vida de Prometeu. situação. Prometeu é recebido por Io, uma vítima do ataque de Zeus. crueldade. Ele profetiza suas futuras viagens, revelando que um de seus descendentes libertará Prometeu. A peça termina com Zeus enviando Prometeu para o abismo porque Prometeu não vai contar a ele sobre um casamento em potencial que poderia provar a identidade de Zeus. queda.

Prometheus Bound parece ter sido a primeira peça de uma trilogia, a Prometheia. Na segunda peça, Prometheus Unbound, Hércules liberta Prometeu de suas correntes e mata a águia que havia sido enviada diariamente para devorar as asas de Prometeu. fígado perpetuamente regenerado, então acreditou na fonte do sentimento. Aprendemos que Zeus libertou os outros Titãs que ele aprisionou na conclusão da Titanomaquia, talvez prenunciando sua eventual reconciliação com Prometeu.

Na conclusão da trilogia, Prometeu, o Portador do Fogo, parece que o Titã finalmente avisa Zeus para não dormir com a ninfa do mar Tétis, pois ela está fadada a gerar um filho maior que o pai. Não desejando ser derrubado, Zeus casa Tétis com o mortal Peleu. O produto dessa união é Aquiles, herói grego da Guerra de Tróia. Depois de se reconciliar com Prometeu, Zeus provavelmente inaugura um festival em sua homenagem em Atenas.

Jogos perdidos

De Ésquilo' outras peças, apenas títulos e fragmentos variados são conhecidos. Existem fragmentos suficientes (juntamente com comentários feitos por autores e estudiosos posteriores) para produzir sinopses grosseiras para algumas peças.

Mirmidões

Esta peça foi baseada nos livros 9 e 16 da Ilíada. Aquiles fica em silenciosa indignação por sua humilhação nas mãos de Agamenon durante a maior parte da peça. Enviados do exército grego tentam reconciliar Aquiles com Agamenon, mas ele cede apenas a seu amigo Pátroclo, que então luta contra os troianos na batalha de Aquiles. armaduras. A bravura e a morte de Pátroclo são relatadas no discurso de um mensageiro, seguido de luto.

Nereidas

Esta peça foi baseada nos livros 18, 19 e 22 da Ilíada. Segue as Filhas de Nereus, o deus do mar, que lamentam a morte de Pátroclo. morte. Um mensageiro conta como Aquiles (talvez reconciliado com Agamenon e os gregos) matou Heitor.

Frígios ou Resgate de Heitor

Após uma breve discussão com Hermes, Aquiles senta-se em luto silencioso por Pátroclo. Hermes então traz o rei Príamo de Tróia, que conquista Aquiles e resgata o corpo de seu filho em um espetacular golpe de teatro. Uma balança é trazida ao palco e o corpo de Heitor é colocado em uma balança e o ouro na outra. A dança dinâmica do coro dos troianos quando eles entram com Príamo é relatada por Aristófanes.

Niobe

Os filhos de Niobe, a heroína, foram mortos por Apolo e Ártemis porque Niobe se gabou de ter mais filhos do que a mãe deles, Leto. Niobe fica em luto silencioso no palco durante a maior parte da peça. Na República, Platão cita a frase "Deus planta uma falha nos mortais quando deseja destruir uma casa totalmente."

Estas são as 71 peças restantes atribuídas a Ésquilo que são conhecidas:

Influência

Influência no drama e na cultura grega

Mosaico de Orestes, personagem principal na única trilogia sobrevivente de Aeschylus A Oresteia

O teatro estava apenas começando a evoluir quando Ésquilo começou a escrever para ele. Dramaturgos anteriores, como Thespis, já haviam expandido o elenco para incluir um ator capaz de interagir com o coro. Ésquilo acrescentou um segundo ator, permitindo maior variedade dramática, enquanto o coro desempenhava um papel menos importante. Às vezes, ele é creditado por introduzir a skenographia, ou decoração de cena, embora Aristóteles dê essa distinção a Sófocles. Também é dito que Ésquilo tornou os figurinos mais elaborados e dramáticos, e fez seus atores usarem botas de plataforma (cothurni) para torná-los mais visíveis para o público. De acordo com um relato posterior de Ésquilo' vida, o coro das Fúrias na primeira apresentação das Eumênides eram tão assustadores quando entravam que crianças desmaiavam e patriarcas urinavam e mulheres grávidas entravam em trabalho de parto.

Ésquilo escrevia suas peças em verso. Nenhuma violência é realizada no palco. As peças têm um distanciamento da vida cotidiana em Atenas, contando histórias sobre os deuses, ou sendo ambientadas, como Os persas, distantes. Ésquilo' trabalho tem uma forte ênfase moral e religiosa. A trilogia Oresteia concentrou-se na vida dos humanos. posição no cosmos em relação aos deuses e lei divina e punição divina.

Ésquilo' a popularidade fica evidente nos elogios que o dramaturgo cômico Aristófanes lhe faz em As rãs, produzido cerca de 50 anos após a morte de Esquilo. morte. Ésquilo aparece como um personagem da peça e afirma, na linha 1022, que seu Sete contra Tebas "fez com que todos que assistiam adorassem ser guerreiros". Ele afirma, nas linhas 1026–7, que com Os persas ele "ensinou os atenienses a desejarem sempre derrotar seus inimigos." Ésquilo continua dizendo, nas linhas 1039ss., que suas peças inspiraram os atenienses a serem corajosos e virtuosos.

Influência fora da cultura grega

Ésquilo' obras foram influentes além de seu próprio tempo. Hugh Lloyd-Jones chama a atenção para a reverência de Richard Wagner a Ésquilo. Michael Ewans argumenta em seu Wagner and Aeschylus. The Ring and the Oresteia (Londres: Faber. 1982) que a influência foi tão grande que mereceu uma comparação direta de personagem por personagem entre o Ring de Wagner e o de Ésquilo; s Oresteia. Mas um crítico desse livro, embora não negue que Wagner leu e respeitou Ésquilo, descreveu os argumentos como irracionais e forçados.

J. T. Sheppard argumenta na segunda metade de seu Aeschylus and Sophocles: Their Work and Influence que Ésquilo e Sófocles desempenharam um papel importante na formação da literatura dramática desde o Renascimento até o presente, especificamente em francês e elisabetano drama. Ele também afirma que sua influência foi além do drama e se aplica à literatura em geral, citando Milton e os românticos.

Eugene O'Neill's Mourning Becomes Electra (1931), uma trilogia de três peças ambientadas na América após a Guerra Civil, é modelada após a Oresteia. Antes de escrever sua aclamada trilogia, O'Neill estava desenvolvendo uma peça sobre Ésquilo, e observou que Ésquilo "mudou tanto o sistema do palco trágico que ele tem mais direito do que qualquer outro de ser considerado o fundador". (Pai) da Tragédia."

Durante sua campanha presidencial em 1968, o senador Robert F. Kennedy citou a tradução de Edith Hamilton de Ésquilo na noite do assassinato de Martin Luther King Jr. Kennedy foi notificado do assassinato de King antes de uma parada de campanha em Indianápolis, Indiana, e foi avisado para não comparecer ao evento devido ao medo de tumultos da multidão afro-americana. Kennedy insistiu em comparecer e fez um discurso improvisado que deu a notícia da morte de King. Reconhecendo as emoções do público, Kennedy referiu-se à sua própria dor pelo assassinato de Martin Luther King e, citando uma passagem da peça Agamemnon (na tradução), disse: "Meu poeta favorito era Ésquilo. E uma vez ele escreveu: "Mesmo em nosso sono, a dor que não pode ser esquecida cai gota a gota sobre o coração, até que em nosso próprio desespero, contra nossa vontade, vem a sabedoria através da terrível graça de Deus". O que precisamos nos Estados Unidos não é divisão; o que precisamos nos Estados Unidos não é ódio; o que precisamos nos Estados Unidos não é violência e ilegalidade; mas é amor e sabedoria, e compaixão de uns para com os outros, e um sentimento de justiça para com aqueles que ainda sofrem dentro de nosso país, sejam eles brancos ou negros... Dediquemo-nos ao que os gregos escreveram tantos anos atrás: para domar a selvageria do homem e tornar suave a vida deste mundo." A citação de Ésquilo foi posteriormente inscrita em um memorial no túmulo de Robert Kennedy após seu próprio assassinato.

Edições

• Ulrich von Wilamowitz-Moellendorff, Aeschyli Tragoediae. Edição maior, Berlim 1914.
• Gilbert Murray, Aeschyli Septem Quae Supersunt Tragoediae. Editio Altera, Oxford 1955.
• Denys Page, Aeschyli Septem Quae Supersunt Tragoediae, Oxford 1972.
• Martin L. West, Aeschyli Tragoediae cum incerti poeta Prometheo, 2nd ed., Stuttgart/Leipzig 1998.

A primeira tradução das sete peças para o inglês foi feita por Robert Potter em 1779, usando versos em branco para os trímetros iâmbicos e versos rimados para os refrões, uma convenção adotada pela maioria dos tradutores no século seguinte.

• Anna Swanwick produziu uma tradução de versos em inglês de todas as sete peças sobreviventes como Os Dramas de Aeschylus em 1886 texto completo
• Stefan Radt (ed.), Tragicorum Graecorum Fragmenta. Vol. III: Aeschylus (Göttingen, Vandenhoeck & Ruprecht, 2009) (Tragicorum Graecorum Fragmenta, 3).
• Alan H. Sommerstein (ed.), Aeschylus, Volume II, Oresteia: Agamemnon. Os portadores da libação. Eumenides. 146 (Cambridge, Massachusetts/London: Loeb Classical Library, 2009); Volume III, Fragmentos. 505 (Cambridge, Massachusetts/London: Loeb Classical Library, 2008).